sexta-feira, 3 de abril de 2009
by Imprensa

Vivemos, no Brasil, uma polarização entre a riqueza e a pobreza, desenvolvimento e atraso tecnológicos. Temos cursos de doutorado e instituições de pesquisa de ponta e convivemos com altos índices de analfabetismo, doenças endêmicas e condições precárias de existência em muitas regiões do país. Enfim, no país inteiro observamos cenários sociais e culturais visivelmente opostos, onde existem algumas tentativas de intercâmbios culturais, mas sem resultados efetivos e concretos.

Diante desses vários “Brasis”, faz-se necessário desenvolver novas estratégias para termos intercâmbios igualitários. Estratégias essas que devem ir além de ações culturais isoladas geograficamente ou socialmente e que permitam a participação de todos, sem exclusão alguma.

È imprescindível desenvolver e promover diálogos profundos, sem barreiras e constantes, com a população carente, que teima em viver, mesmo sem suas necessidades básicas atendidas, como: alimento, energia, educação e moradia. Infelizmente esta é a realidade de um universo significativo da população brasileira que vive no descaso governamental.

Acredito que é importante pensar na multiplicidade, nas diferenças, nos hibridismo, tanto de homens quanto de conceitos e de formas, nos cruzamentos em que os temas polêmicos se roçam sem se tocarem realmente, mas dos quais saem modificados.

Nós da CUFA proporcionamos a integração entre as minorias, como por exemplo: moradores das periferias, negros, mulheres, homossexuais e outros, através de um novo olhar. Um olhar que descobre a diversidade sem hierarquias e sem preconceitos, como algo que constrói e que, talvez, seja o diferencial e a riqueza da CUFA.

Os movimentos sociais criados recentemente são tão importantes para o país e estão tendo os holofotes garantidos no governo Lula e irão crescer, na medida em que a sociedade em geral entenda o real papel que eles desempenham no processo político, econômico, social e cultural do Brasil.

Atualmente, vemos que a questão social, esta tendo um forte destaque também no setor privado, e, já esta sendo incorporado no modelo de gestão, que vem se tornando estratégia empreendedora da maioria das empresas sintonizadas com o mercado globalizado, cada vez mais exigente, em relação à dinâmica de seus negócios e à sustentabilidade empresarial.

Em minha opinião devemos ter um novo olhar para tratarmos destas enormes desigualdades que vivenciamos em nosso querido Brasil. Tentar minimizá-las com soluções que passam pelo social, é uma forma de permitir um crescimento mais igualitário para as regiões menos favorecidas. Acredito que, cabe a nós, brasileiras e brasileiros, tecermos outras redes nas quais impere a igualdade cultural, mas dentro da diversidade que nos constitui. Só assim teremos condições de transformar culturalmente nosso país.

Flavia Ivar

Núcleo de Projetos - Cufa MG

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